Abstract
Introdução: O ambiente universitário pode influenciar comportamentos e impactar a saúde dos estudantes. Objetivo: Classificar o estilo de vida de estudantes universitários e verificar associação com fatores sociodemográficos. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e analítico, realizado em uma universidade do Espírito Santo. Foram incluídos estudantes de graduação ≥ 18 anos e excluídos aqueles em mobilidade acadêmica/afastados. A coleta de dados ocorreu em novembro e dezembro/2022, empregando questionário com dadossociodemográficos e Estilo de Vida Fantástico (EVF). O EVF possui 25 itens, sendo 23 respondidos por meio de escala do tipo Likert com cinco graus (0 a 4 pontos) e dois itens com respostas dicotômicas (0 ou 4 pontos). O escore total é dado pela soma da pontuação dos itens e classificado em: Excelente (85 a 100), Muito bom (70 a 84), Bom (55 a 69), Regular (35 a 54) e Necessita melhorar (0 a 34). Aplicou-se estatística descritiva e inferencial, com auxílio do Stata 17.0. Parecer do CEP nº 5.668.961. Resultados: Participaram 804 estudantes. A média do escore total foi 63,9±11,8. Foram encontradas evidências de diferença estatisticamente significante no escore total de acordo com o gênero (homens=65,6±11,9; mulheres/outros=62,7±11,4; p=0,001), etnia (brancos=65,1±11,6; não brancos=63,0 ±11,8; p=0,010), orientação sexual (heterossexuais=65,1±11,2; bissexuais/outros=60,0±12,7; p=0,000), religião (sim=65,4±11,3; não=60,9±12,1; p=0,000) e área de conhecimento (agrárias=66,0±12,3; saúde=65,2±12,7; exatas/terra=64,8±11,0; biológicas=63,9±9,3; engenharias=63,4±11,5; humanas=60,6±12,6; p=0,001). Conclusão: O estilo de vida foi classificado como bom. Estudantes homens, brancos, heterossexuais, com religião e matriculados em cursos das ciências agrárias e saúde apresentaram melhor estilo de vida.
Publisher
Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida