Author:
Ghazzaoui Lana Omar,Bracelis Rachel Ann Asencio,Freitas Rodrigo de Barros,Oliveira Pinto Letícia de,Balsimelli Rafael,Kehrwald-Balsimelli Bruno,Góes Rafael Batman de,Miranda Monica Noleto,Joanete da Silva Claudia,Novais Maykon Anderson Pires de,Govato Tania Carmen Peñaranda,Caricati-Neto Afonso,Tallo Fernando Sabia,Ferraz Renato Ribeiro Nogueira,Menezes-Rodrigues Francisco Sandro
Abstract
Introdução: Dentre as doenças neurodegenerativas que causam demência, a doença de Alzheimer (DA) aparece entre as principais, sendo responsável por cerca de 50% a 70% dos casos. A farmacoterapia mais utilizada atualmente para o tratamento da DA visa minimizar as perdas cognitivas (aprendizagem e memória), bem como as alterações de humor e comportamento, além da manutenção da qualidade de vida, melhorando a função e a independência.
Objetivo: Sintetizar evidências relacionadas à farmacoterapia no tratamento da DA.
Método: A busca se concentrou em literaturas que discutissem os benefícios e limitações da terapia de reposição colinérgica, representada principalmente pelos inibidores da colinesterase, com base em dados de pesquisas neurobiológicas, farmacológicas e clínicas.
Resultados e Discussão: O papel da memantina em casos moderados a graves de demência, bem como as perspectivas de seu uso em combinação com inibidores da colinesterase, foram discutidos em boa parte dos artigos revisados. Também foi abordado o papel da reposição estrogênica, antioxidantes, estatinas e anti-inflamatórios no tratamento e prevenção da demência, levando em conta os resultados negativos de estudos epidemiológicos clínicos recentes. Por fim, foram discutidas as diferentes modalidades de terapia anti-amiloide, principalmente considerando a imunoterapia no tratamento da DA.
Conclusão: A farmacoterapia utilizada na DA, atualmente, inclui inibidores da colinesterase (AChEI), memantina, fármacos antioxidantes, estrogênio, AINES, estatinas, Ginkgo biloba e fator de crescimento neuronal, dentre outras drogas. O desafio do momento é identificar novas drogas que atuem no tratamento da DA já estabelecida, e evitem a sobreposição de fatores predisponentes para o desenvolvimento da doença, bem como melhorar a compreensão das vias desencadeantes da DA e estabelecer estratégias para evitar a sua progressão.