Author:
Silva Liliane,Pedraza Dixis,Melo Andressa
Abstract
O conhecimento do Agente Comunitário de Saúde sobre alimentação infantil pode influenciar as práticas de amamentação. O presente estudo teve como objetivo identificar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família nos municípios da 4ª região de saúde do estado da Paraíba sobre alimentação infantil e sua associação com características demográficas e profissionais. Trata-se de uma pesquisa de delineamento transversal, na qual foi aplicado um questionário validado, adaptado, para verificar o conhecimento dos profissionais sobre alimentação infantil, constituído por 21 perguntas. O grau de conhecimento sobre alimentação infantil foi expresso por meio de um score de 0–21 para o qual resposta correta teve atribuída a pontuação um e incorreta a pontuação zero. O teste t para amostras independentes foi usado para verificar diferenças na Média ± Desvio Padrão do grau de conhecimento segundo perfil demográfico e profissional. Os agentes comunitários de saúde apresentaram conhecimento satisfatório sobre aleitamento materno exclusivo. Evidenciou-se conhecimento limitado em relação ao aleitamento materno predominante, à forma adequada de armazenamento e oferta do leite materno ordenhado, à introdução complementar de alimentos a partir dos seis meses e à idade na qual recomenda-se a suplementação da criança com vitamina A. O grau de conhecimento dos agentes comunitários de saúde foi de 11,9 ± 2,86 (57%), sem diferenças significativas segundo perfil demográfico e profissional. Conclui-se que o conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre alimentação infantil é adequado em relação ao aleitamento materno exclusivo, mas inadequado para o aleitamento materno predominante e a alimentação complementar. Adicionalmente, o desconhecimento dos materiais técnicos e a carência de treinamento em alimentação infantil evidenciam a necessidade de capacitação desses profissionais.
Reference43 articles.
1. Ortega-Cisneros CM, Vidaña-Perez D, Basto-Abreu A, Iglesias-Leboreiro J, Veganas-Andrade A, Rodriguez-Santaolaya P, et al. Complementary feeding practices in Mexican healthy infants: how close are they to the current guidelines?. Bol Med Hosp Infant Mex. 2019;76(6):265-72. http://doi.org/10.24875/BMHIM.19000064.
2. Ikobah JM, Ikpeme O, Omoronyia O, Ekpenyong N, Udoh EE. Current knowledge of breastfeeding among health workers in a developing country setting: a survey in Calabar, Nigeria. Cureus. 2020;12(9):e10476. http://doi.org/10.7759/cureus.10476.
3. Organización Mundial de la Salud. Metas mundiales de nutrición 2025: documento normativo sobre lactancia materna. Ginebra: OMS; 2017 [citado 12 set. 2022]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/255731
4. Boccolini CS, Boccolini PMM, Monteiro FR, Venâncio SI, Giugliani ERJ. Breastfeeding indicators trends in Brazil for three decades. Rev Saude Publica. 2017;510:108. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000029
5. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudo nacional de alimentação e nutrição infantil – ENANI-2019: resultados preliminares: Indicadores de aleitamento materno no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; 2020 [citado 12 set. 2022]. Disponível em: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-content/uploads/2020/12/Relatorio-parcial-aleitamento-materno_ENANI-2019.pdf