Author:
Barros Lucas Soares Brandão,Pereira Fernanda Cândido,Lima Bruna Alacoque Amorim,Valadão Laura Frinhani,Loiola Marcos Vinícius Bezerra,Lima Eduardo Leandro Almeida de,Souza Ana Carolina Barbosa de,Silva Gustavo Vilarins da,Dantas Guilherme Cavalcanti de Medeiros,Zoobi João Luís de Arruda Pereira,Freitas Victória Lima Souza de,Lopes Nicolle Campos Viandelli,Moreira Geterson Bezerra
Abstract
Objetivos: Analisar e discutir dados da literatura vigente acerca dos resultados e implicações da correção cirúrgica da atresia de esôfago. Métodos: A pesquisa foi realizada na base de dados PubMed. Para compor a fórmula de busca, foram utilizados os descritores ‘’atresia esofágica”, “estenose de esôfago” e “cirurgia”, contidos no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e correspondentes ao tema do estudo, além dos operadores booleanos “AND” e “OR”. Após a aplicação dos filtros de pesquisa, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para compor a seguinte revisão. Resultados: Dentre os estudos incluídos, sete (70%) abordaram sobre complicações precoces e tardias, morbidade e mortalidade após o reparo cirúrgico da atresia de esôfago (AE), um (10%) dissertou sobre os fatores preditivos de um curso clínico complicado e dois (20%) apresentaram algumas das técnicas cirúrgicas utilizadas na correção da AE. Apesar da mortalidade após a cirurgia ser de 5,4% nos estudos apresentados, há alta incidência de complicações pós-operatórias, uma vez que é possível observar morbidades gastrointestinais e respiratórias que levam esses pacientes a necessitarem de múltiplas reinternações e de procedimentos reparadores. As complicações cirúrgicas mais comuns foram a estenose anastomótica (22%), vazamento da anastomose (8%) e recorrência da fístula traqueoesofágica (4%). Comorbidades pós correção da AE, mais frequentemente apresentadas, foram refluxo gastroesofágico (73%), estenose esofágica (54,7%), disfagia (15%), desnutrição (15%), sintomas respiratórios (37%) e complicações respiratórias persistentes (34%). Conclusão: Diante do explanado, conclui-se que a atresia esofágica é uma condição congênita que acarreta importante morbidade gastrointestinal e respiratória, além problemas secundários a essas complicações, que podem comprometer a fase crítica de desenvolvimento da criança e causar danos permanentes. Dessa forma, destacando a complexidade do prognóstico, tratamento e acompanhamento pós cirúrgico da atresia de esôfago, salienta-se a importância de os médicos, gestores e profissionais da saúde em geral, familiares e cuidadores reconhecerem a importância do cuidado continuado, do manejo adequado das comorbidades e da prevenção de complicações maiores, a fim de minimizar todo e qualquer prejuízo do desenvolvimento da criança e de melhorar sua qualidade de vida.
Publisher
Revista Cientifica Multidisciplinar Nucleo Do Conhecimento
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