Abstract
Os preparados sólidos para refrescos artificiais (refrescos artificiais) estão cada vez mais presentes na rotina alimentar das pessoas, especialmente das crianças. Entretanto, sabe-se que não há uniformização das embalagens deste tipo de produto e, no que tange às informações nutricionais, percebe-se que eles são ricos em açúcares e alguns aditivos, muitas vezes em descompasso com as recomendações nutricionais. O objetivo deste estudo consistiu em comparar os valores de nutrientes declarados nos rótulos com as ingestões diárias recomendadas para crianças menores de 13 anos, observando-se as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Institute of Medicine. Para a coleta de dados realizou-se visitas ao comércio varejista, em Diamantina/MG, para identificação dos produtos (marcas e sabores) e análise da rotulagem nutricional. Foram analisados os rótulos de 127 produtos, sendo que todos apresentaram os itens obrigatórios da rotulagem geral, considerando-se a legislação brasileira em vigência à época do estudo. Com relação à informação nutricional, foi possível constatar que, em todos os produtos, a quantidade de carboidratos, calculada com base nos dados dos fabricantes, era superior à preconizada nas recomendações nutricionais. Ainda foram detectadas divergências entre os teores de sódio declarados com as ingestões diárias recomendadas para crianças menores de 13 anos. Os teores de vitaminas C (em 84 produtos) e de vitaminas A, B1 e B6 (em 12 produtos) também extrapolaram as necessidades nutricionais das crianças. Concluiu-se que as a composição dos refrescos artificiais em pó expressa na rotulagem apresenta desacordo em relação às ingestões recomendadas, o que pode contribuir para situações de excesso de nutrientes, promovendo possíveis desordens metabólicas nos consumidores.
Publisher
Revista Cientifica Multidisciplinar Nucleo Do Conhecimento