Mujeres campesinas tejiendo redes de soberanía alimentaria en tiempo de Sindemia

Abstract

Mulheres Campesinas Tecendo Redes de Soberania Alimentar em Tempos de Sindemia A pandemia da COVID-19 deve ser analisada como uma sindemia, resultante da interação entre doenças e macroprocessos políticos e socioeconômicos que afetam a soberania alimentar, principalmente das mulheres. Os movimentos camponeses propõem, como saída para a multicrise, a transformação do sistema alimentar, com base na soberania alimentar e nos princípios feministas. Neste artigo, utilizamos dados de uma investigação transdisciplinar e um relatório produzido por mulheres para orientar ações em relação a questões de gênero, COVID-19 e sistemas alimentares, como base para a análise de um caso particular no México: as iniciativas realizadas para enfrentar a síndrome do COVID-19 por mulheres cafeicultoras, feministas campesinas, em duas comunidades nas montanhas de Veracruz. O objetivo deste artigo é demonstrar que essas mulheres conseguiram fortalecer os laços de solidariedade em suas comunidades, de reciprocidade com a Mãe Terra e atenção integral à saúde por meio do fortalecimento de práticas ancestrais (coleta e troca) e novas ferramentas (autocuidado, círculos de cuidado e mídias digitais). Este artigo demonstra como os modos de vida dessas mulheres, sua criatividade e resiliência se materializam localmente, e assim propõe a construção de uma outra narrativa sobre as mulheres rurais. Palavras-chave: agroecologia, coleta, troca, saúde integral, feminismo campesino e popular.   Mujeres campesinas tejiendo redes de soberanía alimentaria en tiempo de Sindemia RESUMEN. La pandemia de COVID-19 debe ser analizada como una sindemia, resultante de la interacción entre enfermedades y macroprocesos políticos y socioeconómicos que afectan a la soberanía alimentaria, principalmente de las mujeres. Los movimientos campesinos plantean, como salida a las multi-crisis, la transformación del sistema alimentario, basado en la soberanía alimentaria y en los principios feministas. En este artículo, utilizamos datos de una investigación transdisciplinaria y un informe producido por mujeres para orientar acciones en relación con cuestiones de género, la COVID-19 y los sistemas alimentarios, como base para el análisis de un caso particular en México: las iniciativas llevadas a cabo para el enfrentamiento de la sindemia de COVID-19 por mujeres cafetaleras, feministas campesinas, en dos comunidades de las montañas de Veracruz. El objetivo de este artículo es demostrar que estas mujeres han logrado fortalecer los vínculos de solidaridad en sus comunidades, de reciprocidad con la Madre Tierra y de cuidado de la salud integral a través del fortalecimiento de prácticas ancestrales (recolecta y trueque), y de nuevas herramientas (círculos de autocuidado y medios digitales). Este artículo demuestra cómo las formas de vida de estas mujeres, su creatividad y resiliencia se materializan localmente, y así proponen la construcción de otra narrativa por y sobre las mujeres campesinas. Palabras clave: agroecología, trueque, recolecta, salud integral, feminismo campesino y popular.   Peasant Women Weaving Food Sovereignty Networks in Syndemic Times               ABSTRACT. The COVID-19 pandemic must be analyzed as a syndemic, resulting from the interaction between diseases and political and socioeconomic macro-processes that affect food sovereignty, mainly of women. The peasant movements propose, as a way out of the multi-crises, the transformation of the food system, based on food sovereignty and feminist principles. In this article, we use data from a transdisciplinary investigation and a report produced by women to guide actions in relation to gender issues, COVID-19 and food systems, as a basis for the analysis of a particular case in Mexico: the initiatives carried out to confront the COVID-19 syndemic by coffee-growing women, peasant and popular feminists, in two communities in the mountains of Veracruz. The objective of this article is to demonstrate that these women have managed to strengthen the bonds of solidarity in their communities, of reciprocity with Mother Earth and comprehensive health care through the strengthening of ancestral practices (plant gathering and barter), and new tools (self-care circles and digital media). This article demonstrates how the ways of life of these women, their creativity and resilience materialize locally, and thus proposes the construction of another narrative by and about peasant women. Keywords: agroecology, barter, plant gathering, integral health, popular peasant feminism.