Abstract
Objetivo: Avaliar os níveis de estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento entre médicos da Atenção Primária à Saúde. Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado com médicos das Unidades de Atenção Primária à Saúde de um município brasileiro de grande porte. Para a coleta dos dados utilizou-se um instrumento elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; a Escala de Estresse no Trabalho e a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas. Os dados foram analisados em função do cálculo dos escores adequados às escalas, com tratamento estatístico apropriado, considerando-se nível de significância de 5%. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (59,4%), jornada de 40 horas semanais (59,4%) e tempo mediano de atuação na Atenção Primária de sete anos. Oito profissionais (25,0%) apresentaram escores compatíveis com estresse importante (>2,5). Os principais estressores foram: falta de perspectivas de crescimento na carreira (2,9; ±1,3); forma de distribuição das tarefas (2,7; ±1,0); deficiência nos treinamentos profissionais (2,7; ±1,2); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,6; ±1,2). O modo de enfrentamento com maior escore foi o focalizado no problema (3,75), seguido da busca por suporte social (3,17). Conclusão: As pressões do ambiente laboral na Atenção Primária favorecem o desenvolvimento de estresse pelos médicos. O desequilíbrio emocional direciona a estratégia de enfrentamento dos profissionais, reforçando a necessidade de se criar um ambiente laboral acolhedor, com equipes coesas, integradas e bem geridas, capazes de compartilhar emoções e engajadas em promover o apoio social.
Subject
General Materials Science