Affiliation:
1. Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil
2. Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, Brasil
3. Hospital Universitário Madrid Montepríncipe, Universidade CEU San Pablo, Boadilla del Monte, Madri, Espanha
Abstract
Resumo
Objetivo Descrever o procedimento e avaliar os resultados de uma série de pacientes com pseudartroses estáveis e instáveis dos escafoides tratados com o uso de artroscopia associado a enxerto ósseo esponjoso e parafuso de compressão.
Método Foram tratados 23 pacientes com esta técnica. O acompanhamento mínimo no pós-operatório foi de 12 meses, e foram realizadas análises funcionais, clínicas e de imagem pré e pós-operatórias.
Resultados O tempo médio desde a fratura até a cirurgia foi de 26 meses (12-60). Parâmetros clínicos e radiológicos pré-operatório e pós-operatório foram analisados. O seguimento médio foi de 24,2 (12-60) meses. A consolidação ocorreu em 22 pacientes (95,6%) em uma média de 7,5 (4-12) semanas. A amplitude média de movimento de flexão melhorou de 73,6° (60-80°) a 79,5° (60-90°); a extensão de 68,6° (50-80°) a 71,9° (45-85°); o desvio ulnar de 20,6°(15-30°) a 26,9° (20-35°); e o desvio radial de 17,3° (15-25°) em 20,4° (10-25°). A dor (Escala Visual Analógica [EVA] 0-10) melhorou de 7,3 (4-9) para 0,7 (0-6) e a escala funcional DASH melhorou de 49 (32-75) para 6 (2-12). O ângulo escafolunar melhorou de 69,1°(55-85°) para 48,4° (40-55°) e o ângulo radiolunar melhorou de 30°(10-40°) a 2,6° (0-8°).
Conclusão O tratamento das pseudartrose estáveis e instáveis do escafoide com enxerto ósseo esponjoso e fixação interna percutânea, preferencialmente com parafuso de compressão sem cabeça, assistidos por artroscopia, mostrou bons resultados clínicos e radiográficos na nossa casuística, com curto tempo de consolidação e recuperação funcional.