Abstract
O cancelamento de cirurgias gera stress para o paciente e onera a instituição, refletindo ineficiência na administração hospitalar. O presente estudo, delineado como uma pesquisa quantitativa, observacional, descritiva, retrospectiva, prospectiva e com corte transversal, analisou as cirurgias agendadas, realizadas e suspensas do Sistema Único de Saúde (com maior percentual de cancelamentos), em um hospital de ensino, categorizadas por especialidade, motivo de suspensão e fonte pagadora, entre os anos de 2014 a 2017. O estudo propõe um sistema de intervenção de enfermagem, a fim de diminuir o cancelamento de cirurgias do SUS, com base de uma consulta de enfermagem e busca ativa (contato telefônico com o paciente ou familiar), 48 horas antes da cirurgia. O estudo, realizado com 159 pacientes do SUS com cirurgias eletivas agendadas, constatou que a média de suspensões de cirurgias foi de 17%, acima da média histórica geral (10,5%) e da média histórica do SUS (14 %). Após a intervenção, a taxa de suspensão observada foi de 15,3%, inferior à taxa de 22%, quando não havia o contato prévio.