Affiliation:
1. Universidade Federal do Agreste Pernambucano – UFAP
2. Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
Abstract
Este artigo, resultado de pesquisa mais abrangente, explora a função identitária e de pertencimento de professores ao representarem a escola do campo. Desenvolvemos um estudo qualitativo delineado como pesquisa de campo e contamos com a participação de 35 docentes de um munícipio no interior do estado de Pernambuco. Como instrumento de coleta, utilizamos a entrevista semiestruturada. A análise dos depoimentos revelou que as representações sociais de Escola do Campo dos professores são marcadas por um conteúdo simbólico que coloca em oposição o campo e a cidade, privilegiando-a em detrimento da cultura campesina. Coerente com as representações identifcadas, constatamos que o professor da Escola do Campo não revela identificação e/ou pertencimento com a realidade em que atua. Esse não pertenciemnto está vinculado a rotatividade docente entre as escolas, modo de designação dos professores para essas instituições, contratação temporária e ainda por serem pessoas radicadas na cidade. Em face dos resultados, sinalizamos a necessidade de reflexões e intervenções conjuntas por parte da gestão da educação municipal e dos povos do campo no sentido do cumprimento dos princípios legais e do ideário da Educação do Campo, para impedir que a Escola do Campo esteja a contribuir para inferiorizar a vida no campo.
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