Affiliation:
1. Prefeitura de Belo Horizonte, Brasil; Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
2. Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
3. Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Abstract
Este trabalho analisa a associação entre a morte perinatal e o processo de assistência hospitalar ao parto, considerando-se que grande parte das mortes perinatais pode ser prevenível pela atenção qualificada de saúde e que a avaliação da qualidade da assistência perinatal ao parto é necessária para a redução da morbi-mortalidade perinatal. Realizou-se estudo caso-controle de base populacional dos óbitos perinatais (n = 118) e nascimentos (n = 492), ocorridos em maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Sexo masculino, prematuridade, doenças na gravidez, baixo peso ao nascer, doenças do recém-nascido, não realização de pré-natal, não utilização de partograma e menos de uma avaliação fetal por hora durante o trabalho de parto apresentaram associação estatisticamente significativa com o óbito perinatal. No modelo de regressão logística múltipla, não utilização do partograma durante o trabalho de parto e tipo de maternidade apresentaram-se como fatores de risco independentes para a morte perinatal. O estudo indica que é deficiente a qualidade da assistência hospitalar ao parto e que aspectos da estrutura dos serviços e do processo de assistência relacionam-se com a mortalidade perinatal por causas evitáveis.
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health
Cited by
40 articles.
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