Affiliation:
1. Univ. de São Paulo, Brazil
Abstract
RESUMO Nas obras de Thomas Mann, a doença não se coloca como um elemento simples do entrecho, mas sim como uma parte central da evolução da trama, especialmente no desenvolvimento dos personagens. No entanto, em suas obras, as figurações da saúde e da doença não são fixas, e, portanto, faz-se necessário buscar um núcleo de sentido a essas noções. Argumentamos que a contraposição fundamental entre os termos é a expressão de uma tensão entre o desenrolar da vida com suas expectativas normais e uma força disruptiva que abala essa estrutura. Trata-se de desenvolver os termos dessa contraposição, apresentando algumas imagens de seus romances, a partir do que poderemos expor a dimensão crítica da doença como noção filosófica. A seguir, apresentaremos alguns momentos do romance “Doutor Fausto”, de Mann, tendo por objetivo explorar a estrutura crítica dessa noção e a forma como opera. Finalmente, tomaremos a música, um dos temas centrais do romance de Mann, como modelo para a análise dessa crítica possível. A partir disso, poderemos apresentar os o limite dessa concepção de doença como dispositivo crítico, especialmente no debate artístico do século XX.
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Cited by
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