Affiliation:
1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil; Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil
2. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
3. Universidade Federal de Pelotas, Brasil
Abstract
RESUMO Objetivo: avaliar os principais fatores de risco para complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à apendicectomia por apendicite aguda. Métodos: foram analisados retrospectivamente 1241 pacientes submetidos à apendicectomia aberta ou laparoscópica. Os pacientes foram alocados em quatro grupos: Grupo 1, sem complicações pós-operatórias, e Grupos 2, 3 e 4, com complicações pós-operatórias, definidas de acordo com sua gravidade, conforme classificação de Clavien-Dindo I, II e ≥III, respectivamente. Resultados: pacientes com idade ≥38,5 anos tiveram complicações mais graves (p<0,0001). Os pacientes do Grupo 1, sem complicações pós-operatórias, foram predominantemente operados por via laparoscópica. Os Grupos 2, 3 e 4 foram, em sua maior parte, operados por via convencional (p<0,0001). Razão de chances de complicações para apendicite complicada foi de 3,09, 3,04 e 12,41 para os Grupos 2, 3 e 4, respectivamente (p<0,0001). Risco anestésico, duração do procedimento e tempo de internação hospitalar estiveram relacionados com maior risco e gravidade de complicações (p<0,0001). Conclusão: os principais fatores preditores de complicações pós-operatórias em pacientes operados por apendicite aguda foram: idade ≥38,5 anos, acesso cirúrgico convencional ou aberto, apendicite complicada, ASA≥2 e tempo cirúrgico >77 minutos.