Abstract
As alterações dos atributos físicos e químicos e dos processos biológicos do solo, durante um longo tempo, ocasionam a perda da função dos ecossistemas e a produtividade agrícola. Este trabalho objetivou estimar, classificar e mapear os limites de tolerância de perdas de solos no Estado da Paraíba, fundamentada nos valores das diferentes classes de solo, com variação de espessura de horizontes e relação textural, utilizando modelagem de dados e técnicas de geoprocessamento. A estimativa foi baseada na profundidade efetiva, na textura e na densidade dos solos descritos nos 64 perfis representativos do Levantamento Exploratório e de Reconhecimento dos Solos e do Zoneamento Agropecuário do Estado da Paraíba, calculado pelo método de Smith e Stamey (1964) e utilizado o QGIS© para o mapeamento. A tolerância de perda de solo seguiu a ordem dos Latossolos > Cambissolos > Argissolos > Luvissolos > Planossolos > Neossolos > Vertissolos devido à influência dos parâmetros, como profundidade efetiva do solo e relação textural entre horizontes B e A. As 1.053 unidades de mapeamento do limite de tolerância de perdas dos solos apresentaram, na classe muito alta, a média de 20,08 t ha-1 ano-1 e estão associados aos Latossolos, Argissolos, Cambissolos, Planossolos e Gleissolos. A classe alta apresentou perdas médias de 10,56 t ha-1 ano-1 sob os Argissolos. O limite de tolerância de perdas na classe média foi de 6,59 t ha-1 ano-1 distribuídas sob os Luvissolos. A classe baixa ocorreu nos Luvissolos, Planossolos e nos Neossolos distribuídos em 389 unidades de mapeamento com o limite médio de 3,90 t ha-1 ano-1, a classe muito baixa teve sua ocorrência sob os Vertissolos, Planossolos Nátricos e Neossolos pouco profundos com média de 1,64 t ha-1 ano-1 de tolerância de perdas de solo distribuídos em 362 unidades de mapeamento.
Publisher
Universidade Federal de Santa Maria
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