Diversity, species coexistence and functional composition patterns in subtropical Atlantic Forests invaded by non‐native trees

Abstract

Resumo Invasões biológicas são um grande desafio ambiental atualmente. Interações entre espécies invasoras e nativas podem moldar significativamente as estruturas da comunidade, influenciando a coexistência, diversidade e composição funcional das espécies. A Floresta Atlântica subtropical no sul do Brasil, um reconhecido hotspot de biodiversidade, oferece um cenário único para estudar essas interações, dada sua vulnerabilidade às invasões de árvores exóticas. Nosso estudo buscou elucidar os impactos dessas invasões neste ecossistema frágil, abordando questões‐chave: (1) Como os padrões de diversidade da comunidade arbórea são afetados pela abundância de espécies exóticas invasoras? (2) Quais são os padrões de coexistência entre árvores nativas e exóticas invasoras? (3) A composição funcional das florestas é alterada pela abundância de árvores invasoras? Para abordar essas questões, compilamos dados sobre a abundância e características funcionais de árvores nativas e invasoras. Determinamos os padrões de diversidade e composição funcional de parcelas com diferentes graus de invasão. Estes dados foram analisados usando Modelos Lineares Mistos Generalizados, Análise de Componentes Principais e um índice de coexistência. Em parcelas com maior abundância de árvores invasoras, houve uma diminuição significativa na riqueza taxonômica e funcional das espécies nativas. Além disso, observamos que árvores exóticas invasoras coexistiam com espécies nativas, e à medida que a abundância de árvores invasoras aumentava, a média ponderada da comunidade nativa (CWM) da área foliar e da área foliar específica diminuía. Em conclusão, nas áreas da Floresta Atlântica subtropical do sul do Brasil, nossos achados destacam que a abundância de árvores invasoras afeta adversamente a riqueza taxonômica e funcional das espécies nativas. Além disso, enquanto árvores exóticas invasoras foram encontradas coexistindo com espécies nativas, o aumento da abundância invasora correspondeu a uma redução na área foliar e na área foliar específica da comunidade nativa.