Author:
Cunha Barreto Bárbara,De Macedo Elias Gabriel,De Oliveira Silva Gabriela,Juliana Bispo Dias ,Dilson Palhares Ferreira ,De Luca Corrêa Hugo
Abstract
Introdução: hipertensos com covid-19 apresentam pior prognóstico. A suprarregulação da Enzima Conversora de Angiotensina 2 por uso de IECA/BRA pode justificar isso: o vírus a utiliza para penetrar na célula. Objetivo: comparar o prognóstico em hipertensos com covid-19 usuários de IECA/BRA com de outros anti-hipertensivos. Metodologia: estudo observacional de coorte histórica. Analisaram-se prontuários de adultos hipertensos com covid-19 admitidos em UTI de hospital referência no Distrito Federal de março-novembro de 2020. Excluíram-se aqueles com óbito iminente, malignidade, DPOC, ICC, imunossupressão, gravidez e pacientes transferidos. Dividiram-se os indivíduos usuários de IECA/BRA de outros anti-hipertensivos. Foram definidores de mau prognóstico: óbito, insuficiência cardíaca ou renal, sepse, CIVD, tempo prolongado em VM e de internação em UTI. Avaliaram-se os dados com SPSS para correlações estatísticas, significativas se p < 0,05 e intervalo de confiança que não passe por 1. Resultados: dos 60 incluídos, idade média foi de 60,85 anos, 63% eram homens, com tempo médio em UTI de 19,98 dias. 13,3% usam IECA, 20% BRA, 26,6% combinado de BRA e IECA; 13% usaram outras classes e 35% não tratam HAS ou desconhece o esquema. Não houve correlação entre uso de BRA/IECA e pior prognóstico. Conclusão: os resultados reforçam as recomendações da SBC: IECA/BRA são nefro e cardioprotetores edevem ser mantidas durante a infecção. Há poucos estudos nesta temática em UTI no Brasil, sendo este relevante.
Publisher
Fundacao de Ensino e Pesquisa em Ciencias da Saude