Author:
Silva Neto João Alexandre da,Brandão Tatiane Carvalho da Silva,Rocha Janaína Araújo Escório de Brito,Pereira Neto Osvaldo Campos,Lima Renan Rodrigues Ferreira,Rego Mailson Martins Soares,Cruz Josenildo Alves Rodrigues da,Macedo Amauri Fontes,Fernandes Wesley Brandolee Bezerra
Abstract
A sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nos Estados Unidos da América. E também é uma das cinco principais causas de mortalidade materna. Com o avanço da ciência, medidas como a antibioticoterapia e melhores condições de assepsia durante o parto foram responsáveis pela redução significativa da mortalidade materna. Porém, nas últimas décadas, essa redução veio acompanhada de um aumento relativo da mortalidade por sepse. O presente estudo visou avaliar o perfil clínico das pacientes admitidas com diagnóstico de sepse em uma UTI obstétrica referência em Teresina- PI no período de janeiro de 2019 a julho de 2020, além de identificar a idade e a procedência dessas pacientes, avaliar os desfechos clínicos, verificar os fatores de risco que contribuem para a elevada mortalidade dessas pacientes por sepse. Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal e observacional, com abordagem quantitativa, descritivo, documental e retrospectivo. O critério de inclusão o diagnóstico de Sepse. Observou-se que o perfil clínico e epidemiológico dessas pacientes é constituído por mulheres jovens, com média de 27 a 35 anos. Nos desfechos clínicos, as pacientes foram submetidas a procedimentos invasivos como uso de sonda vesical de demora, intubação orotraqueal, realização de laparotomias e relaparotomias, e uso de drogas vasoativas. Ademais, elas evoluem com complicações clínicas, sendo as insuficiências circulatória e respiratória. Conclui-se que a sepse materna resulta em um quadro de elevada morbidade a uma população de mulheres jovens, submetidas a diversos procedimentos invasivos, o que gera graves repercussões clínicas, econômicas e sociais.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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