Author:
Rezende Angela de Salles,Gutman Teresa Cristina Ferreira,Moraes Dyego Mondego,Oliveira Victor Eldi Takaki de,Cunha Karin Soares,Rodrigues Fabiana Resende,Lopes Vânia Gloria Silami
Abstract
O tumor filoide é uma neoplasia mamária rara, ocorrendo entre 0,3% à 0,9%. Já foi denominada cistossarcoma filoides, mas é um termo em dessuso, pois a maioria é benigna e não cística. Caracteriza-se como neoplasia fibroepitelial bifásica com padrão epitelial semelhante à folhas, que vem do grego phýllon “folha” + eĩdos, “forma”, e proliferação estromal. Ocorre em mulheres adultas e idosas, e raramente antes dos 25 anos, o que contrasta com o fibroadenoma. O diagnóstico complexo é baseado em achados patológicos, radiológicos e clínicos, com controvérsias sobre qual é a melhor estratégia terapêutica. Objetivo foi fornecer uma visão rápida dos aspectos clínico-patológicos dos tipos de tumores filoides em experiência de 20 anos. Material e Métodos: Os dados foram coletados do serviço de anatomia patológica com diagnóstico de tumor filoides classificados de acordo com critérios internacionais da Organização Mundial da Saúde (World Health Organization / WHO) para distinção entre benigno, borderline e maligno, em um dos 3 (três) tipos tumorais, comprovado e revisado por três patologistas entre 2000 e 2020. Os dados avaliados foram: medida da tumoração (mm), celularidade, atipia estromal, áreas de supercrescimento estromal, mitoses, elementos heterólogos malignos, pele comprometida, bordas da tumoração e margens cirúrgicas. Resultados: Esta casuística foi composta de 59 casos, sendo 29 casos tumor filoide benigno, 9 borderline e 21 malignos, sendo que a idade variou de 17 a 81 anos e o tamanho médio do tumor de 91,9mm. Discussão: O diagnóstico histopatológico dos tumores filoides da mama continua a ser a base para a tomada de decisões clínicas. A distinção entre tumores benignos, borderline e malignos é crucial para orientar estratégias terapêuticas apropriadas e fornecer prognósticos precisos aos pacientes. A integração de dados moleculares representa uma evolução significativa, aprimorando nossa capacidade de caracterizar esses tumores de forma mais refinada. Conclusão: quando detectado precocemente, o diagnóstico morfológico correto através do componente bifásico tumoral, avaliação de atipias estromais, celularidade, mitose e necrose determina melhor desfecho na vida do paciente.
Publisher
South Florida Publishing LLC