Abstract
A COVID-19 é a maior emergência sanitária de saúde pública com relevância internacional. A Atenção Primária à Saúde, do ponto de vista das políticas públicas, atua como um importante pilar frente à essas situações emergenciais. Objetivou-se avaliar a relação entre o itinerário de óbitos por COVID-19 e o cuidado prestado pela Atenção Primária à Saúde durante a pandemia. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, utilizando a narrativa de familiares sobre os casos de óbitos por COVID-19, ocorridos no Maranhão. As entrevistas foram gravadas e transcritas, após análise temática dos dados, os mesmos foram organizados em três categorias, a saber: o cuidado assistencial prestado pela atenção primária em saúde; a assistência prestada pelos agentes comunitários de saúde aos familiares do falecido; e, A UBS não funcionou como porta de entrada para os atendimentos clínicos durante a pandemia. Conclui-se que a Atenção Primária à Saúde não foi vista como porta de entrada para os atendimentos aos pacientes com COVID-19 e há questões sérias a rever sobre a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde, pois muitos casos de falecimento não eram acompanhados na APS. Evidenciou-se um alto índice de automedicação considerada preventiva ao vírus sem acompanhamento por profissional médico. Portanto, o fortalecimento da atenção básica é uma das principais medidas em casos de emergências sanitárias endêmicas, de forma que as políticas públicas em saúde permitam a organização e o devido funcionamento das equipes de saúde.
Publisher
Universidade Estadual de Alagoas