Abstract
O presente estudo tem como questão central abranger um universo maior da pesquisa sobre a percepção da discriminação existente em virtude da questão racial. Para isso, foi pesquisada a percepção da discriminação entre os negros brasileiros, que, no critério do IBGE, são as pessoas que se autodeclaram pretas e pardas. Da mesma maneira, foram avaliadas questões físicas dos indivíduos, como seus índices de massa corporal (IMC). Um indivíduo preto e magro percebe, de maneira geral, a discriminação policial do mesmo modo que uma pessoa parda e obesa? Como fica essa correlação e outras no mercado de trabalho? Os resultados apontaram que existe uma diferença na percepção das vítimas acerca da discriminação proveniente dos poderes policiais e presente em alguns mercados de trabalho. Homens pretos, altos e magros percebem maior discriminação policial e no mercado de trabalho do que homens pardos, baixos e obesos, o que pode representar que a alcunha generalizante “negro” é, de fato, demasiadamente genérica para denotar as especificidades que existem dentro de uma categoria geral pouco específica. A percepção da discriminação social por parte da população negra no Brasil não é a mesma: a pele mais clara ou mais escura, o corpo mais magro ou obeso, são matizes significativos para uma compreensão não homogeneizadora da questão da percepção da discriminação social.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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