Abstract
Embora a matriz extracelular (MEC) represente 20% do volume cerebral, o colágeno está presente em baixos níveis, principalmente em regiões perivasculares. No SNC, o reparo tecidual ocorre por gliose, sem produção abundante de colágeno. Em glioblastomas (GBM), a expressão do gene do colágeno aumenta e a MEC se altera, influenciando na adesão tumoral, invasividade e recorrência. Assinaturas de colágeno podem ser marcadores de prognóstico em pacientes com GBM. Estudos demonstram que a reorganização do microambiente, incluindo a deposição de colágeno, é crucial para a progressão do GBM.Este estudo, com 50 pacientes com GBM IDH-wild type, visa avaliar o potencial da MEC como indicador de prognóstico. Através da análise de amostras de tumores com colorações para MEC e colágeno tipo III, o impacto da deposição de MEC e da arquitetura de colágeno na sobrevida dos pacientes será avaliado e um modelo preditivo de sobrevida será proposto utilizando esses fatores. Espera-se que a análise da deposição de colágeno permita identificar padrões associados à sobrevida em pacientes com GBM e contribua para a compreensão do papel da MEC na progressão do GBM como potencial biomarcador de prognóstico.