Author:
Barbosa Junior Antonio M.,Mélo Dângelly L. F. M. de,Santos Patrícia O.,Travália Maria de Fátima,Trindade Rita de C.
Abstract
As meningites infecciosas continuam a ocorrer no país com alta incidência e elevados índices de mortalidade, apesar da existência de programas de prevenção da doença e dos avanços na tecnologia empregada na detecção dos microrganismos envolvidos. O exame laboratorial do líquido céfalorraquidiano (LCR) é a base para efetuar o diagnóstico e para introdução de tratamento eficaz ao paciente. Na rotina laboratorial, são utilizados para o diagnóstico: exame microscópico, cultura e pesquisa de antígeno. Visando conhecer a eficiência e a capacidade de resposta, bem como para efetuar a correlação das referidas técnicas laboratoriais com os dados clínicos, este trabalho investigou 510 fichas de registros de pacientes com suspeita de meningite, atendidos pelo Serviço Único de Saúde, que deram entrada no período de 1997 a 2003, no Laboratório Central de Saúde Pública no estado de Sergipe, no Instituto Parreiras Horta. Foi realizada a análise de freqüências absolutas dos testes utilizados no diagnóstico das meningites infecciosas. Os dados mostram uma diminuição, nos últimos anos, da porcentagem de confirmação de diagnóstico de meningite por meio de cultura, fato que pode ser observado em pesquisas realizadas em outros laboratórios do Brasil. Em contrapartida, verifica-se um aumento expressivo no número de paciente com meningites confirmado por meio de bacterioscopia, utilizando-se a coloração de Gram. Os resultados apresentados confirmam a importância do diagnóstico rápido e preciso que ofereça vantagens clínicas significativas para o emprego da terapia antimicrobiana adequada e acompanhamento da evolução da doença.
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