Abstract
O debate em torno do processo de land grabbing, entendido neste artigo como controle do território, ou seja, o poder de controlar o território e o acesso a ele, intensificou-se a partir da crise de sobreacumulação de 2007/2008. Como é um processo em ascensão, acadêmicos, governos e instituições multilaterais têm se dedicado a compreendê-lo. Algumas interpretações, que consideram o land grabbing como um processo homogêneo, têm se mostrado equivocadas. O objetivo deste artigo é realizar o debate do processo do land grabbing a partir da perspectiva analítica da Geografia. Para tanto, foi realizada ampla revisão bibliográfica sobre a temática. A conclusão foi que a Geografia apresenta uma significativa contribuição para o entendimento do processo porque permite uma abordagem territorial, escalar e geopolítica, possibilitando a captura da totalidade do land grabbing.
Publisher
Associação dos Geógrafos Brasileiros
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